Dez histórias de empresas que estão moldando 2025 – da revolução dos pagamentos
instantâneos à economia circular. Navegue pelas seções, compare cenários e descubra
onde cada case pode caber na sua estratégia.
Fintech
Nu Holdings (Nubank)
122,7 milhões de clientesQ2'25 receita: US$ 3,7 biROE anualizado: 28 %
Porque empolga
Pix virou hábito nacional e fortalece a oferta digital da Nubank.
Modelo sem agências mantém o custo por cliente em apenas US$ 0,80.
ARPAC de US$ 12,2 cresce com seguros, investimentos e cripto.
Expansão no México e na Colômbia repete a fórmula brasileira.
Radar de riscos
Inadimplência acima de 90 dias subiu para 6,6 %.
Concorrência feroz de bancos digitais e incumbentes.
Exposição cambial: ação listada em NYSE, receitas em reais.
O que observar em 2025
Como a queda da Selic destrava crédito ao consumo e se a empresa mantém ritmo
de aquisição de clientes sem sacrificar margens.
Clientes ativos+4,1 mi no trimestre
NIM17,7 %
DepósitosUS$ 36,6 bi
Base case
Crescimento de receita próximo a 30 % a.a. com monetização maior por cliente.
Bull case
Novos produtos de seguros e investimentos dobram a receita em 5 anos.
Bear case
Recessão pressiona crédito e desacelera aquisição de clientes e ARPAC.
Atuação em energia e saneamento — setores regulados com alta previsibilidade.
Portfólio diversificado e monopólios regionais favorecem margens e escala.
Forte geração de caixa e múltiplas avenidas de crescimento orgânico e via M&A.
Perfil defensivo: beta de 0,14 e reconhecimento institucional recorrente.
Riscos chave
Regulação intensa pode limitar reajustes tarifários e pressionar retornos.
Estratégia de adquirir e reverter ativos problemáticos exige execução impecável.
Endividamento elevado aumenta sensibilidade a juros e a decisões políticas.
Tese e gatilhos
Receita protegida pelo IPCA cria hedge natural contra inflação. O valuation em
torno de 15× lucros reflete equilíbrio entre resiliência e potencial de expansão
em distribuição, transmissão e saneamento. Catalisadores: novos leilões, ganhos de
eficiência operativa e upgrades de rating nas subsidiárias.
ReajusteReceita atrelada ao IPCA
ValuationP/L ~15×
DividendosR$ 3,82 por ação
Base case
Crescimento moderado com reajustes inflacionários e captura de sinergias nas
aquisições concluídas em energia e saneamento.
Bull case
Consolidação regional acelera, investimentos em transmissão e renováveis elevam
o ROIC e dividendos superam a média histórica.
Bear case
Mudanças regulatórias represam reajustes, endividamento pesa e ativos adquiridos
não entregam retorno esperado.
2021: venda de frações em Faria Lima Financial Center, JK 1455 e outros por
R$ 1,778 bi → dividendos recordes de R$ 1,2 bi (R$ 8,19/ação).
2024: alienação de 6 shoppings ao XP Malls por R$ 1,85 bi e swaps com o CPPIB
reduziram a alavancagem.
2025: antecipação de recebíveis da transação com XP Malls (cessão de R$ 590 mi
ao Bradesco a CDI + 0,07 % a.a.) gerou ganho financeiro pontual.
Tese central
Dividend yield inflado por eventos extraordinários; normalizar o indicador
exige excluir 2021 e 2024 e observar a média de 3–5 anos.
Caixa robusto pós-vendas precisa ser realocado em ativos de renda para
sustentar distribuições futuras.
Estratégia de reciclagem: vender ativos maduros, investir em edifícios Triple
A e parcerias com GIC/CPPIB.
Sinais vitais do portfólio
Receita 2024 concentrada em vendas (75 %) versus locação (20 %); lucro bruto de
R$ 573 mi teve 73 % vindos das alienações de shoppings.
Vacância elevada em escritórios (ocupação de 51 %) contrasta com shoppings em
95 %; monitorar NOI e novos contratos.
Alta exposição a São Paulo e Rio, com sensibilidade a juros, regulação urbana e
mudanças no consumo (home office, e-commerce).
Dividendos extraordinários 2021R$ 1,2 bi
Venda de shoppings 2024R$ 1,85 bi
Antecipação de créditos 2025R$ 590 mi
Base case
Realocação gradual do caixa em retrofit e ocupação dos escritórios eleva NOI e
garante dividendos moderados, próximos à média histórica normalizada.
Bull case
Novas vendas seletivas e alianças com fundos institucionais destravam novos
ciclos de reciclagem com geração de caixa extraordinária adicional.
Bear case
Vacância persistente e juros altos comprimem aluguéis, exigindo mais vendas de
ativos para honrar dividendos e limitando o crescimento do portfólio.
Checklist do investidor: acompanhar pipeline de alienações ou
retrofits, desempenho de NOI recorrente e métricas ESG (1 % do lucro líquido vai
para o Instituto SYN).